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Primeira-ministra de Bangladesh renuncia e foge do país após protestos com 300 mortos, dizem Forças Armadas

Milhares de manifestantes invadiram a residência oficial do governo, que vem sendo alvo de uma onda de manifestações estudantis contra uma política de cotas para veteranos de guerra para empregos públicos. Premiê Sheikh Hasina estava no poder havia 15 anos. Forças Armadas anunciaram governo interino

05/08/2024 às 07h28
Por: Redação Fonte: g1
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Homens passam correndo por um shopping que foi incendiado durante uma manifestação contra a primeira-ministra Sheikh Hasina e seu governo, em Dhaka, Bangladesh, domingo, 4 de agosto de 2024 (Foto: AP/Rajib Dhar)
Homens passam correndo por um shopping que foi incendiado durante uma manifestação contra a primeira-ministra Sheikh Hasina e seu governo, em Dhaka, Bangladesh, domingo, 4 de agosto de 2024 (Foto: AP/Rajib Dhar)

Por Tribuna10

Redação em 05/08/2024 às 07h30

A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou nesta segunda-feira (5), segundo anunciou o comando das Forças Armadas, em meio a uma onda de protestos contra o governo que já deixou 300 mortos.

Após renunciar, Hasina, que estava no poder havia 15 anos, deixou o país, ainda segundo os militares. As Forças Armadas anunciaram também a formação de um governo interino comandado pelos militares.

Também nesta segunda, milhares de manifestantes invadiram a residência oficial da premiê, na capital Daca, segundo imagens exibidas da televisão local. As imagens mostraram uma multidão entrando na residência de Hasina e acenando para as câmeras.

Em pronunciamento, o chefe das Forças Armadas, Waker-uz-Zaman, disse que o governo interino funcionará até que uma solução para o país seja encontrada.

Um dos países mais populosos do mundo, Bangladesh, no sudeste asiático, vem sendo palco de protestos estudantis nas últimas semanas que já deixaram 300 mortos. Os manifestantes protestam contra o sistema de cotas do governo que estabelece um terço dos empregos públicos para parentes de veteranos da guerra de independência do país contra o Paquistão, em 1971.

A política de cotas havia sido abolita em 2018, mas foi restabelecido em junho deste ano. Em janeiro, manifestantes já haviam feito uma onda de protestos contra a premiê Sheikh Hasina após ela se reeleger em um pleito do qual a oposição se retirou alegando fraude.