Nos últimos 16 anos, 45% dos municípios brasileiros perderam vegetação nativa. Entre 2008 a 2023, apenas 18% dos municípios tiveram estabilidade em nível nacional, áreas em que as alterações na vegetação, perdas ou ganhos, foram menores que 2%. Em outros 37% das cidades, houveram ganho de vegetação nativa.
A Mata Atlântica foi o bioma com maior percentual de crescimento de vegetação nos últimos 16 anos, com 56%. Já o bioma onde mais houve perdas de áreas naturais em municípios é o Pantanal, com 82% no mesmo período. Já em área total, Amazônia e Cerrado são os biomas que mais perderam área de vegetação nativa.
Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo são os estados que mais tiveram ganhos na vegetação natural. Em contrapartida, Rondônia, Tocantins e Maranhão foram os que mais tiveram perdas em áreas originárias.
As Terras Indígenas (TIs) permanecem sendo as localidades mais preservadas do Brasil, correspondente a 13% do território nacional. No período de 39 anos, de 1985 a 2023, a perda da vegetação no território das TIs foi menor que 1%. Já em áreas privadas, a marca foi de 28%.
Pastagem e agricultura foram os tipos de uso da terra que mais se expandiram ao longos dos anos. A área de pastagem aumentou 79%, ou 72,5 milhões de hectares a mais em relação a 1985. Já a agricultura cresceu 228%, uma ampliação de 42,4 milhões de hectares.
Ao todo, o Brasil ainda tem 64,5% de seu território coberto por vegetação nativa; em 1985, eram 76%. Das perdas da vegetação em território nacional, mais da metade, equivalente a 60%, ocorreram em propriedades privadas, segundo o relatório.