
Publicado por Tribuna10
Redação 20/0/2025 às 21h55
Um estudo liderado por cientistas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, alcançou um marco promissor na busca por uma vacina universal contra o câncer. A pesquisa, publicada na sexta-feira (18) pela revista científica Nature Biomedical Engineering, demonstrou que um imunizante experimental baseado em RNA mensageiro foi capaz de eliminar completamente tumores em camundongos, ao estimular o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas como se fossem um vírus invasor.
A tecnologia utilizada, semelhante à das vacinas contra a Covid-19, combina o RNA mensageiro com medicamentos conhecidos como inibidores de checkpoint imunológico. Juntos, eles provocaram uma intensa resposta imune nos animais, mesmo sem identificar ou atacar uma proteína específica dos tumores. Segundo os autores do estudo, essa abordagem pode revolucionar o tratamento oncológico ao dispensar a necessidade de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia.
“Esta descoberta é uma prova de que essas vacinas potencialmente poderiam ser comercializadas como vacinas universais contra o câncer para sensibilizar o sistema imunológico contra o tumor individual de um paciente”, afirmou o oncologista pediátrico Elias Sayour, autor do estudo, ao site EurekAlert.
Eliminação total de tumores
Nos testes, os camundongos portavam diferentes tipos de câncer — no cérebro, na pele e nos ossos. Aqueles tratados exclusivamente com a vacina experimental apresentaram eliminação completa dos tumores. Os pesquisadores explicam que isso foi possível porque o RNA mensageiro foi usado para induzir os tumores a expressarem uma proteína chamada PD-L1. Essa modificação tornou as células tumorais mais vulneráveis à ação do sistema imunológico.
O que mais chamou a atenção dos cientistas foi o fato de que a resposta antitumoral foi desencadeada sem a necessidade de identificar alvos específicos do câncer, como costuma ocorrer em vacinas personalizadas. Em vez disso, o organismo foi induzido a reagir ao câncer como se fosse um patógeno infeccioso.
Terceira via para vacinas anticâncer
Até o momento, os esforços para desenvolver vacinas contra o câncer seguem duas linhas principais: a busca por alvos comuns entre os tumores de diferentes pacientes ou a criação de imunizantes personalizados, adaptados a cada caso individual. O novo estudo, no entanto, abre caminho para uma terceira estratégia — a de estimular uma resposta imune ampla, sem necessidade de mapeamento específico de antígenos.
Essa inovação tem como base o RNA mensageiro, presente naturalmente em todas as células e responsável por orientar a produção de proteínas. Em 2024, o mesmo laboratório já havia conduzido um ensaio clínico inédito em humanos com uma vacina de mRNA contra o glioblastoma, um tumor cerebral agressivo, com resultados considerados positivos.
Apoio federal e próximos passos
A pesquisa contou com financiamento de diversas agências dos Estados Unidos, incluindo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH). Embora os testes tenham sido realizados apenas em animais até agora, os cientistas consideram os resultados animadores e avaliam que a tecnologia poderá evoluir para tratamentos menos invasivos e mais eficazes no futuro.
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