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Oposição articula CPI para investigar fraudes bilionárias em descontos no INSS

A proposta será analisada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PI), responsável por decidir se a CPI será instaurada.

30/04/2025 às 12h53 Atualizada em 30/04/2025 às 13h57
Por: Redação
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Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (Foto: Reprodução)
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (Foto: Reprodução)

Por Tribuna10

Redação em 30/04/2025 às 12h53

A oposição na Câmara dos Deputados anunciou que reuniu as 171 assinaturas necessárias para solicitar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios pagos pelo INSS. A proposta será analisada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PI), responsável por decidir se a CPI será instaurada.

O pedido ocorre após a deflagração de uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que revelou um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. As investigações apontam que o prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Segundo a Polícia Federal, algumas entidades envolvidas na fraude acumularam valores milionários, resultando na apreensão de bens de alto valor, como carros de luxo, joias e dinheiro em espécie. Apenas em fevereiro deste ano, dos R$ 250 milhões descontados dos benefícios do INSS, R$ 150 milhões foram direcionados a associações e sindicatos investigados.

O ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), afirmou que a pasta já tinha conhecimento de indícios desde 2023 e negou omissão. Ele admitiu que abusos ocorreram e defendeu a punição dos responsáveis, mas pediu cautela para evitar generalizações.

A investigação aponta que o esquema teve início em 2019 e ganhou força a partir de 2023.

Redação com Repórter PB