Por Tribuna10
Redação 03/02/2025 às 15h22
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) aponta que o presidente Lula (PT) é o favorito em todos os cenários estimulados para a presidência da República em 2026. A grande novidade da pesquisa é que o nome mais competitivo é o do cantor Gusttavo Lima, que não tem partido, mas afirmou em janeiro que poderia participar da disputa.
No principal cenário de primeiro turno estimulado, Lula lidera com 30% das intenções de voto, contra 13% do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), 12% de Gusttavo Lima, 11% de Pablo Marçal (PRTB), 9% de Ciro Gomes (PDT), 3% de Romeu Zema (Novo), e 3% de Ronaldo Caiado (União). Neste cenário, 5% dos eleitores dizem estar indecisos e 14% disseram que votariam branco, nulo ou que não iriam votar.
A Quaest ainda simulou cenários com Eduardo Bolsonaro (PL) e sem algum dos demais candidatos, mas sem grandes variações. Nos cenários espontâneos, Lula e Bolsonaro lideram com 9%, mas o ex-presidente está inelegível no momento.
Já nos cenários de segundo turno, Lula aparece liderando contra todos os adversários, com vantagens próximas ou superiores a dez pontos percentuais. A exceção é a disputa com o cantor Gusttavo Lima, que teria 35% das intenções de voto, enquanto Lula teria 51%. Em um cenário contra Eduardo Bolsonaro, o filho do ex-presidente teria 34% e Lula teria 44%.
Coordenador da pesquisa, Felipe Nunes destaca que, apesar de Lula seguir na frente, a vantagem que ele tinha para outros candidatos, como Tarcísio e Caiado, caiu desde o levantamento realizado em dezembro do ano passado. No cenário contra o governador de São Paulo, o presidente liderava por 26 pontos (52 a 26), enquanto a vantagem agora é de apenas 9 (43 a 34). Contra Caiado, a vantagem caiu de 34 pontos (54 a 21) para 19 (45 a 25).
Nunes destaca ainda que, apesar da queda dos números do presidente — pesquisa Quaest divulgada na semana passada apontou que a desaprovação superou a aprovação do governo –, a oposição precisa se organizar em torno de um nome para ter uma candidatura forte, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro está inelegível no momento e seria o principal adversário de Lula.
“Em qualquer cenário, Lula tem o seu piso histórico, 30%. Se a oposição bolsonarista se juntar em torno de um nome como o de Gustavo Lima, e Tarcísio não for mesmo candidato, ele teria força para chegar ao segundo turno. Se o bolsonarismo e a direita moderada se fragmentarem, o quadro fica imprevisível. Até Ciro Gomes teria chances de enfrentar Lula com a divisão total da direita e da direita radical bolsonarista”, avalia.
A Quaest ouviu 4.500 pessoas entre os dias 23 e 26 de janeiro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, enquanto o nível de confiabilidade do levantamento é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.