
Por Tribuna10
Redação em 28/01/2025 às 06h58
A mais recente pesquisa realizada pela Quaest, divulgada nesta segunda-feira (27), revela que a desaprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 49% dos eleitores brasileiros, superando numericamente a aprovação, que está em 47%. Este é o primeiro registro em que a reprovação ultrapassa a aprovação desde o início da série histórica do levantamento, em fevereiro de 2023.
O estudo foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 23 e 26 de janeiro, com 4.500 eleitores entrevistados em todo o país. A margem de erro geral é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.
Queda na aprovação e aumento na reprovação
Comparado ao levantamento anterior, divulgado em dezembro de 2024, a aprovação ao governo Lula caiu de 52% para 47%, enquanto a desaprovação subiu de 47% para 49%. Apenas 4% dos entrevistados afirmaram não saber ou não responderam, um leve aumento em relação aos 2% registrados anteriormente.
Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, o cenário atual reflete a insatisfação dos eleitores com a condução econômica e a percepção de que o governo não está cumprindo as promessas feitas durante a campanha eleitoral. "A frustração cresce. Mais de 65% dos entrevistados acreditam que o presidente não tem cumprido suas promessas, o maior índice registrado nesta questão desde o início do mandato", explicou.
Base de apoio em queda
A pesquisa também apontou queda de popularidade entre eleitores de regiões e faixas sociais que historicamente sustentam o governo petista. No Nordeste, por exemplo, o índice de aprovação caiu significativamente, enquanto no Sudeste, a desaprovação atinge 53%, mesmo percentual das duas pesquisas anteriores.
Outros recortes regionais também mostram desafios para o governo. No Sul, a reprovação saltou de 52% para 59%, enquanto a aprovação caiu de 46% para 39%. No Centro-Oeste e Norte, a reprovação está em 49%, enquanto a aprovação permanece em 48%.
Economia e promessas como pontos críticos
De acordo com Felipe Nunes em declaração dada ao G1 a percepção negativa em torno da economia e a sensação de que o governo não está entregando resultados concretos são fatores centrais para a queda de popularidade. "Quando o descontentamento atinge o eleitorado de renda baixa e do Nordeste, a base de apoio do governo sofre um abalo, deixando-o mais vulnerável politicamente", afirmou.
O levantamento reforça os desafios do governo federal para reconquistar a confiança de uma população cada vez mais crítica à sua condução.
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