Política GASTOS

Eleição para deputado federal na PB é a mais cara do Brasil; Romero foi quem mais gastou

Os dados foram obtidos a partir da prestação de contas apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até a última segunda-feira, dia 10

15/10/2022 às 18h38
Por: Redação
Compartilhe:
 Eleição para deputado federal na PB é a mais cara do Brasil; Romero foi quem mais gastou

Escrito por Alex Gonçalves
Do Tribuna10 15/10/22  às 18h35

Em 2022, eleger um deputado federal custou em média R$ 1,209 milhão. Levantamento do GLOBO mapeou as despesas dos 513 parlamentares eleitos para a Câmara dos Deputados em 2 de outubro.

Os dados foram obtidos a partir da prestação de contas apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até a última segunda-feira, dia 10. Dentre os gastos, destacam-se os valores destinados à publicidade em materiais impressos e nas redes sociais. O prazo final para prestação de contas vai até 1º de novembro.

Os candidatos do Nordeste foram os que, em conjunto, mais gastaram, superando as despesas dos postulantes de três dos quatro maiores colégios eleitorais do país, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas, que ocupam o 11°, 17° e 13° lugares no ranking, respectivamente. Quarto na lista de estado com mais eleitores, a Bahia ficou na terceira posição na região, atrás de Paraíba e Piauí.

Nesse tipo de Gasto, a Paraíba se apresenta como  estado onde os candidatos mais gastam para se eleger. Segundo os dados o estado paraibano encabeça a lista aonde um deputado federal, para se eleger, gasta em  média R$ 1.573500. seguido pelo Piauí com média de R$ 1.561965.

Já  no estado do Acre, foi onde os deputados eleitos tiveram o menos gasto em média, segundo dados as despesas nesse quesito foram de  R$ 265 050.

Deputado que mais gastou na Paraíba
O deputado federal paraibano que mais gastou com a eleição foi Romero Rodrigues. Segundo o jornal O Globo o campinense  gastou R$ 2,71 milhões e assumiu a liderança entre os 12 representantes. A campanha de Wilson Santiago (Republicanos) foi a mais barata: R$ 215,8 mil.

Para a cientista política Luciana Santana, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), os valores exorbitantes refletem a diferença entre o jogo político e a realidade de quem elege seus representantes:
— Para ter visibilidade e se eleger é preciso ter capital político e econômico para bancar campanhas milionárias. Assim, a desigualdade se mantém, já que quem tem pouco continuará de fora.