Alex Gonçalves
17/11/2025
A filiação de Cícero Lucena ao MDB nesta segunda-feira (17) gerou uma forte e imediata repercussão no cenário político da Paraíba, sendo vista como um "ato de força política" que redesenha o tabuleiro eleitoral para 2026.
O movimento é interpretado por analistas e líderes políticos como a confirmação definitiva da pré-candidatura de, Cícero, ao Governo do Estado em 2026. Ele sela uma aliança com o senador Veneziano Vital do Rêgo e mira o retorno do MDB ao poder executivo estadual.
A filiação marca um rompimento claro com a base do governador João Azevêdo (PSB). Durante o evento, Cícero centrou fogo na gestão estadual, o que intensifica a polarização para a próxima eleição, colocando-o como o principal nome de oposição.
A repercussão imediata no campo governista foi a crítica de líderes como o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), que classificou a movimentação como um "desejo pessoal" e não um projeto coletivo.
Um dos fatores de maior impacto foi o anúncio de que o grupo Cunha Lima apoiará Cícero na disputa, o que fortalece significativamente seu palanque e une importantes forças políticas do estado.
O evento foi marcado pela presença de lideranças nacionais do MDB, como o presidente Baleia Rossi e o governador do Pará, Helder Barbalho, o que conferiu peso e visibilidade ao ato, demonstrando o respaldo da executiva nacional ao projeto de Cícero na Paraíba.
A complexidade da política paraibana ficou evidente com a presença do vice-prefeito de João Pessoa, Leo Bezerra (PSB), no evento. Apesar de ser do partido do governador, Leo buscou manter a lealdade a Cícero, seu parceiro na gestão municipal, evitando polêmicas e adotando um tom conciliador, o que gerou diferentes interpretações sobre as futuras alianças em 2026.
A filiação de Cícero Lucena ao MDB é vista como um divisor de águas na política paraibana, solidificando as bases para uma disputa acirrada pelo governo do estado em 2026.