O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, fechou a torneira para os candidatos da Paraíba. O problema, que vinha sendo tratado internamente e em conversas de bastidores entre os postulantes da legenda, foi jogado às claras nesta terça-feira (6) pelo deputado Cabo Gilberto (PL), na Assembleia Legislativa. Candidato uma vaga na Câmara Federal, ele disse que tem levado a campanha nas costas, com a ajuda de apoiadores do seu nome. Segundo o Divulgacand, até o momento, acumula R$32.830,00 de doações de terceiros à sua campanha. Zero do partido.
Aos colegas da imprensa, inclusive, pediu colaboração através de doação. Mesmo situação está a de outros candidatos da legenda à vaga, até mesmo do presidente estadual do PL e candidato à reeleição, o deputado Wellington Roberto, que, ao menos no sistema do Divulgacand não registrou ainda recebimento de recursos para a campanha. Nem mesmo o candidato ao governo, Nilvan Ferreira, tratado pelo pelo presidente Jair Bolsonaro como seu candidato oficial no estado, tem registro de recebimento verba da direção nacional ou estadual da legenda.
Candidato ao Senado, o empresário Bruno Roberto (PL) foi o único sortudo do grupo. Recebeu R$20 mil da direção estadual do partido. A tática do partido causa estranheza, sobretudo pelo fato de que o novato na política ficou em quarto lugar na última pesquisa IPEC, com poucas chances de eleição, enquanto Nilvan aparece tecnicamente empatado com Pedro Cunha Lima e Veneziano (MDB) na disputa pelo segundo lugar para concorrer com o governador João Azevedo (PSB) no segundo turno.
As cartas sobre o rateio do fundo do PL na Paraíba estarão mais claras, entretanto, no próximo dia 15 de setembro, quando o TRE-PB divulga a primeira parcial da prestação de contas de campanha dos candidatos.