Por Tribuna10
Redação em 30/10/2025 às 07h04
A megaoperação policial contra o Comando Vermelho na terça-feira (28), no Rio de Janeiro, deixou mais de 120 mortos e já é a mais letal do estado. No Brasil, a lista de ações policiais com grande número de mortes inclui chacinas em presídios, como o Carandiru, em 1992, as Operações Escudo e Verão, em 2023 e 2024, na Baixada Santista, em São Paulo, e as chacinas do Cabula, em Salvador e do Curió, em Fortaleza.
O governo do RJ confirmou ontem, quarta-feira (29/10) 121 mortos na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Foram 4 policiais e 117 suspeitos, segundo o secretário da Polícia Civil, o delegado Felipe Curi. Essa é a operação mais letal da história do estado.
A operação superou o massacre de Carandiru, em São Paulo em 1992. O massacre no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, em outubro de 1992, após uma rebelião, foi a ação coordenada pela polícia com o maior índice de mortalidade. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, 111 presos que estavam rendidos foram executados. 74 policiais foram condenados por 77 assassinatos, mas nunca foram presos.
As Operações Escudo e Verão, conhecida como “segunda fase” da Operação Escudo, foram deflagradas entre julho de 2023 e abril de 2024 na Baixada Santista. Juntas, somaram 84 mortes.
A Operação Exceptis, em 2021, que resultou na Chacina do Jacarezinho, foi considerada a operação policial mais letal da história do Rio na época, com 28 mortes. O objetivo era combater o tráfico de drogas e o aliciamento de crianças e adolescentes.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou “estarrecido” com o número de mortes na megaoperação contra o crime organizado realizada nesta terça no Rio de Janeiro.
Redação com PB Agora