Por Tribuna10
Redação em 09/09/2025 às 12h25
A Advocacia do Senado Federal protocolou um pedido de prisão preventiva contra o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), no âmbito de uma ação penal eleitoral em que ele é acusado de violência política de gênero contra a ex-senadora e atual prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias (PT).
O caso teve início em abril de 2024, quando Janaína, então suplente, assumiu vaga no Senado durante a licença do ministro da Educação, Camilo Santana. À época, Ciro fez declarações ofensivas à petista, chamando-a de "assessora para assuntos de cama do Camilo Santana para o Senado da República" e "cortesã".
Em maio de 2025, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou Ciro Gomes a pagar indenização de R$ 52 mil a Janaína Farias pelas falas. Posteriormente, ele passou a responder como réu em ação penal eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
A Advocacia do Senado aponta que, mesmo após o início do processo, o ex-ministro voltou a mencionar Janaína em entrevistas, o que configuraria reincidência. Em agosto deste ano, ele declarou que a prefeita "recrutava moças pobres e de boa aparência para fazer o serviço sexual sujo do senhor Camilo Santana".
O pedido de prisão preventiva considera a influência política de Ciro Gomes e os riscos à integridade da prefeita. O órgão também sugeriu medidas cautelares alternativas, como proibição de contato, vedação a novas manifestações públicas com ofensas, e impedimento de aproximação física em menos de 500 metros.
De acordo com nota do Senado, a atuação da Advocacia da Casa é justificada pelo fato de que Janaína era senadora na época dos fatos, em 2024.
Redação com Congresso em Foco