Política POLÍTICA
Vereadores de São José de Piranhas e Cajazeiras se unem contra liberação excessiva de água do Açude Engenheiro Ávidos
O presidente da Câmara Municipal de São José de Piranhas, vereador Ronaldo de Deta (Republicanos), afirmou que a mobilização está apenas começando.
08/09/2025 15h24 Atualizada há 2 meses
Por: Redação
Vereadores de São José de Piranhas-PB|Foto: Divulgação

Por Tribuna10

Redação em 08/09/2025 às 15h22

Uma comitiva formada por vereadores de São José de Piranhas e Cajazeiras realizou, nesta segunda-feira (08), uma visita ao Açude Engenheiro Ávidos, conhecido como Boqueirão de Piranhas, para avaliar de perto a situação do manancial, que vem sendo rapidamente esvaziado devido à liberação de água destinada ao projeto da transposição do Rio São Francisco.

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“Hoje foi o pontapé inicial. Na próxima terça-feira (09), uma comitiva formada por três vereadores de cada município, junto aos presidentes das duas Câmaras, terá uma audiência em João Pessoa com o secretário de Estado da Infraestrutura e Recursos Hídricos da Paraíba, Deusdete Queiroga, para buscar soluções”, destacou Ronaldo de Deta.

Em declarações ao Radar Sertanejo, o vice-presidente da Câmara de São José de Piranhas, vereador Hélio Gomes, disse que existe um impasse sobre a responsabilidade da barragem. “O Dnocs afirma que não é responsável pela liberação da água. Eles dizem que essa competência é da Agência Nacional de Águas (ANA), e assim fica o impasse. Já o diretor-presidente da Aesa-PB, Porfírio Loureiro, se comprometeu a entrar em contato com a ANA, em Fortaleza, para esclarecer de quem é a real responsabilidade”, explicou.

A população ribeirinha manifesta crescente preocupação com a descarga em grande volume, que acelera o esvaziamento do reservatório. Segundo os moradores, a quantidade de água liberada é maior que a recebida pelo canal do Eixo Norte da transposição, o que pode comprometer o abastecimento humano, além de trazer riscos ambientais e sociais. Pescadores e agricultores, que dependem diretamente do açude para sobreviver, temem perder suas atividades.

Famílias que vivem às margens do açude relatam já sentir os impactos da redução do nível da água, com prejuízos em plantações irrigadas e dificuldade crescente para abastecer animais. O cenário tem gerado insegurança e pressão por respostas imediatas das autoridades.

Redação com Radar Sertanejo