
Por Tribuna10
Redação em 30/06/2025 às 06h52
Com movimentações discretas, disputas internas e estratégias em formação, a política paraibana ainda não apresenta pré-candidaturas consolidadas — principalmente no campo governista e na oposição centro-direita. Já no grupo bolsonarista, o quadro está praticamente fechado.
Campo governista: muitos nomes, poucas definições
O governador João Azevêdo (PSB) tem reafirmado que seu “plano A” é disputar uma vaga no Senado Federal, mas ainda evita cravar a candidatura. Caso confirme a pretensão, deixaria o governo antes do prazo das desincompatibilizações, abrindo caminho para a disputa pela sua sucessão.
Um nome natural para essa sucessão é o do vice-governador Lucas Ribeiro (PP), considerado o herdeiro natural da vaga de João. Jovem e bem articulado, Lucas tem mantido discrição, mas segue como peça-chave no xadrez sucessório.
Outro nome forte é o do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que lidera pesquisas internas, tem viajado pelo estado e já declarou que deseja ser candidato ao governo. O fato de Cícero e Lucas pertencerem ao mesmo partido pode forçar um acordo ou tensionar a base governista.
Além deles, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), também se coloca como pré-candidato. Ainda sem o respaldo do Republicanos — partido do deputado federal paraibano e presidente da Câmara, Hugo Motta —, Galdino tem tentado consolidar sua viabilidade como nome popular, afirmando ser “o único filho do povo” e “único lulista” da disputa.
Para o Senado, além da possibilidade de João ser candidato, o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), já admite publicamente que pode disputar o cargo. Ele afirmou recentemente que a população de Patos entenderia uma eventual renúncia para buscar representação no Congresso Nacional, embora ainda não tenha oficializado a pré-candidatura.
Oposição: Centro-direita: entre o silêncio e a disputa
No grupo de oposição formado pela centro-direita, o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD) e o senador Efraim Filho (União Brasil) surgem como os principais nomes para a disputa ao governo. Ainda sem definição, o grupo segue avaliando qual dos dois tem mais potencial para liderar a chapa.
Efraim, com mandato no Senado até 2030, tem percorrido o estado e intensificado sua presença política. Pedro, por outro lado, tem causado preocupação entre aliados devido ao seu silêncio. Ele tem evitado aparições públicas, se ausentou dos festejos juninos em Campina Grande — reduto de sua família — e está sumido das redes sociais, alimentando especulações sobre sua disposição de entrar na disputa.
No Senado, o único nome certo nesse campo é o do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que integra a centro-esquerda pela defesa do governo Lula e disputará a reeleição. Até o momento, não há articulações públicas sobre quem poderia ocupar uma eventual segunda vaga ao Senado dentro do grupo.
Campo bolsonarista: chapa mais adiantada
O campo bolsonarista é o que apresenta o maior grau de definição. O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) é pré-candidato ao governo com as ‘bençãos’ do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado pelo deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL) e o pastor e procurador da Fazenda Nacional, Sérgio Queiroz — que deixará o partido Novo para se filiar ao PL —, ambos pré-candidatos ao Senado
A expectativa é que a chapa seja “puro-sangue”, toda composta por integrantes do Partido Liberal. A única vaga em aberto é a de vice-governador, que deve ser preenchida até o início do próximo ano, quando as costuras finais se intensificam.
O que esperar até 2026?
As convenções partidárias estão previstas entre 20 de julho e 5 de agosto de 2026. Até lá, o tabuleiro segue aberto — especialmente no grupo governista, que precisa conciliar interesses entre PSB, PP e Republicanos. O papel de João será determinante: se decidir concorrer ao Senado, empurra a base para uma disputa direta entre seus aliados.
O bolsonarismo, por sua vez, já se organiza com uma estrutura pronta para enfrentar as urnas. E a centro-direita ainda precisa resolver a indefinição entre Pedro e Efraim — e convencer o eleitorado de que continua relevante no jogo político paraibano.
Com lideranças em movimento, bastidores fervilhando e interesses em conflito, a Paraíba caminha para uma das eleições mais imprevisíveis dos últimos tempos.
Redação com Fonte83
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