Publicado por tribuna10
Redação 04/04/2025 às 16h2
Pelo andar das articulações e das definições, a federação que vai unir o Progressistas e o União Brasil deve se concretizar. Avance-se, então: concretizada, só muito dificilmente o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) não será o líder ou comandante da nova federação na Paraíba. Apesar de já ter consolidado lugar nas mesas de poder no Congresso e de sua reconhecida capacidade de articulação e luta, o senador Efraim Morais (União) não deverá conseguir o controle de nova organização partidária.
Não se trata de especulação. As razões são objetivas. O esquema político liderado pelo deputado Aguinaldo detém, em seu favor, duas das principais cláusulas de definição de comando da futura agremiação política nas diversas unidades de federação.
Uma delas é a perspectiva concreta de o Progressistas contar com um governador e candidato à reeleição em 2026, que é o atual vice-governador Lucas Ribeiro. Essa condição está sendo levada a sério. As informações que os dirigentes nacionais do Progressistas e União Brasil dispõem levam à conclusão que o governador João Azevedo inevitavelmente será candidato a senador e, assim, Lucas assumirá o governo e terá tudo para ser candidato.
Esse é um ponto decisivo, com amplas chances de concretização, que não comporta o desafio do senador Efraim Morais de realização de pesquisas para definição do candidato a governador na Paraíba. Além disso, nem se sabe se Efraim seria o candidato de sua atual aliança política, no campo da oposição no Estado, embora seja o nome mais provável. Pesquisas internas apontariam a liderança do ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD) na oposição, ainda que se alegue que os números sejam fruto de “recall” pela sua participação, como candidato a governador nas últimas eleições.
Aliás, a insistência de Efraim na defesa do critério de pesquisa para escolha do candidato só reforça a evidência que ele já acusou que não terá o controle de federação. Se fosse ter, não apelaria aos desafios.
A outra razão indicativa que o controle da possível federação PP/União na Paraíba será do deputado Aguinaldo Ribeiro é decisivamente fulminante. Ele dispõe de um trunfo em mãos capaz de fechar o jogo sem permitir dúvidas. É a senadora Daniella Ribeiro, que está sem partido desde que perdeu o PSD para a família Cunha Lima. Basta ela se filiar ao Progressistas, que o partido ficará com uma bancada de três parlamentares, maior que a do União Brasil (2 parlamentares) e, com isso, a legenda liderada pelo deputado Aguinaldo Ribeiro somaria mais itens nos critérios internos de definições de comando.
Mas a senadora Daniella Ribeiro pode ser bem mais do que isso nessa disputa pelo controle da federação. Não é uma simples carta no jogo. Pode virar a carta curinga, o melé, que decide a parada em diversas circunstâncias. Imagine-se que, por exemplo, o senador Efraim Morais, ficando sem o controle da federação, decida ou ameace se desfiliar do União Brasil. Daniella poderá repor a perda do partido no Senado e ainda assumir o comando da legenda no Estado.
Claro que, na política, as coisas nem sempre seguem caminhos lineares, mas as circunstâncias
apontam que deputado Aguinaldo Ribeiro tem mais trunfos nessa disputa pelo controle da possível federação PP/União. Talvez por isso ele não esteja dando um pio sobre assunto. Evita entregar o jogo ou a dispensável demonstração de força. Não estrila. É de seu estilo.
Com portal T5