Polícia REVOLTA POPULAR
Corpo de acusada de decapitar filho na PB é incendiado em cemitério de Itambé PB
No dia 20 de setembro, Maria Rosália foi presa em flagrante após cometer um dos crimes mais violentos registrados em João Pessoa
19/10/2024 18h42
Por: Redação Fonte: Repórter PB
Mãe e filho (Foto: Redes sociais)

Por Tribuna10

Redação em 19/10/2024 às 18h42

Na madrugada deste sábado (19), o corpo de Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, foi desenterrado e incendiado no cemitério municipal de Itambé, em Pernambuco. A mulher havia ganhado notoriedade após ser acusada de decapitar seu próprio filho, Miguel, de seis anos, em um crime que chocou João Pessoa e toda a região. A profanação de seu túmulo trouxe à tona novamente a brutalidade do caso e a revolta popular que ele gerou.

Conforme informações, indivíduos não identificados invadiram o cemitério e, em um ato de vingança ou desrespeito, violaram a cova de Maria Rosália, ateando fogo ao corpo. A polícia investiga o caso, que se soma à trágica trajetória que teve início com o assassinato do pequeno Miguel em setembro deste ano.

O crime que abalou a Paraíba

No dia 20 de setembro, Maria Rosália foi presa em flagrante após cometer um dos crimes mais violentos registrados em João Pessoa. No bairro de Mangabeira, a mãe tirou a vida de seu próprio filho, decapitando-o dentro de casa. Alertada por gritos, a Polícia Militar chegou ao local e se deparou com uma cena aterrorizante: Maria Rosália segurava a cabeça da criança. Ao perceber a chegada das autoridades, a mulher tentou se suicidar com uma tesoura, mas foi contida pelos policiais, que a prenderam.

A história rapidamente se espalhou, causando comoção e indignação em toda a Paraíba. O velório do menino ocorreu no Cemitério Campos Santos, em Pedras de Fogo, e o caso gerou discussões sobre saúde mental, violência doméstica e o papel do Estado em prevenir tragédias familiares como essa.

A morte e a profanação

Após o crime, Maria Rosália foi levada ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde permaneceu internada por quase um mês, devido aos ferimentos autoinfligidos. Ela faleceu no dia 17 de outubro, ainda sob cuidados médicos e sob custódia policial.

A violação de seu túmulo neste sábado reacendeu a polêmica em torno do crime e gerou novo debate sobre os limites da justiça popular e a complexidade das emoções envolvidas em casos de extrema violência. A comunidade local, já profundamente abalada pelo assassinato, agora se depara com um novo episódio de brutalidade, desta vez contra o corpo da mulher, que já havia sido julgada pela sociedade.

O caso da profanação segue sob investigação, enquanto as autoridades tentam entender as motivações dos responsáveis. Embora o crime cometido por Maria Rosália tenha gerado ódio e revolta, a violação de seu descanso final levanta questões sobre os limites da justiça e da vingança.