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Prefeito Alan Seixas é condenado pela contratação irregular de servidores; pena é de 1 ano, seis meses e 15 dias de detenção

Em sua defesa, o prefeito alegou que as contratações preencheram os requisitos da lei e que não houve demonstração de dolo específico, requerendo, portanto, a sua absolvição.

20/03/2024 às 16h01 Atualizada em 20/03/2024 às 16h07
Por: Redação
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Prefeito Allan Seixas
Prefeito Allan Seixas

Por Tribuna10

Tribuna10   em 20, 03, 24  às 15h29

CAJAZEIRAS- O prefeito do município de Cachoeira dos Índios, Allan Seixas de Sousa, foi condenado, nesta quarta-feira (20), pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, a pena de 1 ano, seis meses e 15 dias de detenção. O gestor contratou, entre 2017 e 2018, servidores públicos contra expressas disposições em lei. O julgamento teve como relator o juiz Manoel Gonçalves Dantas de Abrantes. A pena foi substituída por duas restritivas de direito (prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária no valor de 10 salários mínimos).

Segundo foi apurado pelo Ministério Público, o gestor realizou contratações por excepcional interesse público para exercer funções na Administração Pública em justificativa válida e agindo com a intenção de burlar a Constituição Federal e a Lei Municipal nº 601/2017.

Ainda conforme a denúncia, nos anos de 2017 e 2018, vários prestadores de serviços foram contratados diretamente e sem a realização de processo seletivo, ainda que simplificado. Além disso, o prefeito descumpriu as prescrições da Lei Municipal nº 601/2017 ao recontratar vários prestadores (o que é vedado pela lei) e ao não observar o prazo máximo de contratação estabelecido pela lei, que é de um ano, e a restrição ao exercício financeiro para a vigência.

Em sua defesa, o prefeito alegou que as contratações preencheram os requisitos da lei e que não houve demonstração de dolo específico, requerendo, portanto, a sua absolvição.

Mas, para o relator do processo, nada restou demonstrado quanto a caracterização de excepcionalidade de interesse público para realização das contratações e também das renovações em desacordo com a Constituição Federal e com a legislação municipal. “Houve burla ao regramento constitucional por parte do acusado”, afirmou o magistrado em seu voto.

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