Por Tribuna10
Redação 07h16 20, 02, 24
O pastor Silas Malafaia pediu a fiéis da Assembleia de Deus Vitória em Cristo no Rio que façam um jejum pelo país e que orem pelo ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no próximo domingo, em São Paulo. Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal por suspeita de tentar dar um golpe para permanecer no poder.
O que disse Malafaia
Jejum pelo país. "Estou convocando o povo de Deus para que, na quinta-feira, a gente possa fazer um jejum pela nação, um jejum simples, da meia-noite ao meio-dia. Precisamos orar pelo nosso país para que Deus o livre de toda crise."
Convenceu Bolsonaro a ir a ato em São Paulo. "Eu sei o que está acontecendo no país, eu conheço o bastidor e eu.
Oração pela manifestação. "Eu vou levantar um clamor na avenida Paulista e eu vou pedir para que você ore a meu favor. Peço a sua proteção em oração para que Deus me dê graça para o que eu vou falar lá. Peço que você possa interceder pelo país, pela nação.
O que aconteceu
Culto com cerca de 5.000 pessoas. O pastor deu as declarações na noite de domingo (18), em um culto no bairro da Penha, zona norte do Rio.
Apelo para entrega de dízimo e ofertas. No culto, Malafaia anunciou a inauguração de cinco igrejas e a reforma de outras três nos próximos 75 dias. Em seguida, fiéis responderam ao pedido de dízimo entregando envelopes com dinheiro e passando cartões de débito e crédito.
Custos do ato pró-Bolsonaro. Na semana passada, o pastor declarou que a Associação Vitória em Cristo, ligada à sua igreja, bancaria os gastos do ato pró-Bolsonaro. Mas depois mudou de ideia para evitar acusação de mau uso de dízimo. Ele disse que bancará os custos do próprio bolso.
Malafaia justificou a mudança dizendo que houve acusações de que ele usaria dinheiro de fiéis. Ele alegou que a associação é uma entidade diferente da igreja, não tem dízimo e que seu estatuto permite manifestações públicas.
Pastor tem salário. Entretanto, como tem renda, Malafaia disse que preferiu tirar dinheiro do próprio bolso e evitar "acusações da esquerda". O pastor afirma que seu Imposto de Renda comprova o poder aquisitivo para custear o trio elétrico que será usado no ato.
Dinheiro doado por fiéis vai pagar o ato. Tanto bancado pela igreja quanto pelo salário de Malafaia, os recursos vêm dos próprios integrantes da congregação.