Brasil ENFIM FIM
Fim da pandemia, anuncia ministro da saúde Marcelo Queiroga
No pronunciamento, Queiroga disse que mais de 73% da população brasileira completou o esquema vacinal
18/04/2022 01h28 Atualizada há 3 anos
Por: Redação
Ministro anunciou em cadeia nacional de emissoras de rádio e TV.

Por Alex Gonçalves 

Do Tribuna10, em 18 de abril de 2022, 01:27/Fonte G1. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento, em cadeia nacional de rádio e TV, de cerca de três minutos neste domingo (17). No discurso, Queiroga diz que há "condições", no Brasil, para anunciar o fim da Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (Espin). Segundo o ministro, nos próximos dias será "editado um ato normativo" com as regras para essa medida. 

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No pronunciamento, Queiroga disse que mais de 73% da população brasileira completou o esquema vacinal e cerca de 71 milhões de doses de reforço foram aplicadas. 

"Graças à melhora do cenário epidemiológico, à ampla cobertura vacinal da população e à capacidade de assistência do SUS, temos hoje condições de anunciar o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional, a Espin. Nos próximos dias, será editado um ato normativo disciplinando essa decisão", declarou o ministro da Saúde. 

Marcelo Queiroga acrescentou, no entanto, que a medida não "significa o fim da Covid-19". "Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros", afirmou. 

O Ministério da Saúde não tem competência para decretar o fim da pandemia, determinada 11 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde. Mas o presidente Jair Bolsonaro vinha defendendo o fim da Espin. 

Segundo o consórcio de veículos de imprensa, neste domingo, o Brasil registrou 18 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 662.011 desde o início da pandemia. A média móvel de mortes está em queda há 52 dias. 

O anúncio feito por Marcelo Queiroga destoa de recente determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que, no último dia 13 de abril, determinou que a pandemia de Covid-19 continua a ser uma "Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional". A decisão da OMS seguiu o parecer do comitê de emergências da entidade, que reconheceu que o Sars-Cov-2, vírus causador da Covid, continua a ter uma evolução "imprevisível, agravada pela sua ampla circulação e intensa transmissão". 

Os especialistas veem com preocupação o fato de que alguns países-membros relaxaram medidas de comportamento e saúde pública tomadas para diminuir a transmissão do vírus.