Tribuna10
Redação 20/11/23 às 16:14
Perfilar soldados do crime, aniquilar rivais e dominar territórios no Distrito Federal e nos pavilhões de presídios que integram o Complexo Penitenciário da Papuda. A guerra entre as duas maiores facções do país, a paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e a carioca Comando Vermelho (CV), ganhou novos capítulos, revelados, agora, em matéria exclusiva da coluna.
Conhecido por ter sido fundado há 30 anos, a pretexto de reivindicar mudanças nas condições de vida dos presidiários, o PCC decidiu aumentar seus tentáculos e, ao mesmo tempo, exterminar membros do CV que atuam em regiões administrativas do DF e em municípios no Entorno da capital federal.
Uma onda de batismos promovida pelo PCC para amealhar seguidores tanto intramuros quanto nas regiões administrativas tem um objetivo claro: “Mapear os lixos” — termo usado pela organização chefiada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para se referir a integrante da facção carioca.
Execução de rivais
Após a identificação dos rivais, é decidido pela cúpula da facção paulista se os membros do CV são ou não executados, segundo fontes policiais ouvidas pela coluna.
Os assassinatos seriam uma forma de relacionamento e de fortalecimento da facção. Todas as informações captadas pelas autoridades constam em conversas entre presos faccionados — nos bate-bolas — e nos manuscritos encontrados nas celas da Papuda.
De acordo com a apuração e o monitoramento das autoridades, os criminosos assumem diferentes funções na estrutura da célula local do PCC. Os faccionados começam em posições conhecidas como “responsas”, cujas tarefas são menos complexas e de caráter executório.