Polícia OPERAÇÃO

Delegado acaba preso durante operação contra corrupção em Patos

A promotora Mariana Bezerra pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário do delegado relativo ao período de 14/07/2014 a 16/05/2023

04/08/2023 às 10h54 Atualizada em 04/08/2023 às 10h58
Por: Redação
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A promotora Mariana Bezerra pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário do delegado relativo ao período de 14/07/2014 a 16/05/2023,
A promotora Mariana Bezerra pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário do delegado relativo ao período de 14/07/2014 a 16/05/2023,

Por Tribuna10
Redação 04, 08, 23  às 10h54

A Polícia Civil prendeu um delegado da corporação na manhã desta sexta-feira (04) durante uma operação contra o crime de corrupção em Patos, no Sertão do Estado. O delegado Elcenho Engel Leite de Souza atuava na Seccional de Patos e teve a prisão decretada na última terça-feira (01).
O  apurou que o delegado é suspeito de desviar recursos provindo de fianças pagas por presos. Os detalhes do inquérito, que foi conduzido pela própria Polícia Civil, serão divulgados em uma coletiva de imprensa.

“Consta dos autos que o investigado, no exercício da função pública de delegado de polícia civil, teria se apropriado de valores das fianças criminais arbitradas, bem como teria retardado a distribuição dos inquéritos policiais, com o fito de ocultar a prática do crime mais grave (peculato). Ademais, infere-se da presente representação que as condutas atribuídas ao representado tem sido realizadas continuamente há quase 10 (dez) anos”, diz a investigação que a reportagem teve acesso.

A promotora Mariana Bezerra pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário do delegado relativo ao período de 14/07/2014 a 16/05/2023, incluindo o afastamento do sigilo de todas as contas de depósito, contas de poupança, contas de investimento e outros bens, direitos e valores mantidos em instituições Financeiras pelo suspeito. As informações são do Mais PB.

“No caso em tela, há indícios da ocorrência de crimes praticados, em tese, pelo investigado, o qual, no exercício da função pública de delegado de polícia, teria se apropriado de valores das fianças criminais arbitradas, além de ter retardado a instauração de procedimentos investigativos, tudo com o fito de ocultar o crime mais grave”, escreveu.