Polícia BARRO
Barro, PM que matou amigo badernava na cidade e gostava de beber em locais públicos com arma em cima da mesa, diz Polícia Civil
O crime foi filmado por câmeras de segurança.
03/04/2023 04h35
Por: Redação
Acusado está preso

Por Tribuna10
Redação 03/04/23  às 04h32

Um relatório da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) aponta que um policial militar, preso em flagrante na última sexta-feira (31) por matar um amigo, costumava "badernar na cidade do Barro" e intimidar a população. A Justiça Estadual decretou a prisão preventiva do PM, neste domingo (2).

O juiz do Plantão do 1º Núcleo Regional acatou os pedidos da Delegacia Regional de Jaguaribe e do Ministério Público do Ceará (MPCE) para converter a prisão em flagrante do soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Hilquias Coelho Ferreira, de 35 anos, por suspeita de cometer o homicídio contra Carlos Anderson da Silva Mariano, 32. As informações são do Diário do Nordeste.

A Delegacia Regional de Jaguaribe afirmou, no relatório enviado à Justiça e obtido pelo Diário do Nordeste, que o policial militar "se utiliza do cargo para badernar na cidade do Barro, já sendo velho conhecido da população e dos policiais civis e militares".

A investigação preliminar da Polícia Civil, baseada no relato de uma testemunha, aponta que Hilquias e Carlos utilizavam bebidas alcoólicas, em uma churrascaria, quando o PM tirou uma arma de fogo do seu carro e colocou na mesa onde eles estavam.

Carlos não teria gostado e decidiu guardar a arma no veículo do militar, que se chateou com a atitude. Hilquias foi até o automóvel, pegou de novo a arma e atirou contra a cabeça da vítima, que estava de costas. O crime foi filmado por câmeras de segurança.

O policial fugiu em seguida, abandonou o seu carro na BR-116 após sofrer um acidente e pediu uma carona até o Município de Jaguaribe, onde foi preso por colegas de farda da Polícia Militar. A pistola Ponto 40 utilizada no crime, 19 munições e carregadores foram apreendidos com o suspeito.

Ao decretar a prisão preventiva, o juiz plantonista considerou que "há a necessidade que essa medida tenha como propósito preservar a garantia da ordem pública e econômica, assegurar a aplicação da lei penal e/ou garantir a eficiência dos trabalhos de investigação policial e instrução criminal, quando demonstrado que quaisquer desses elementos possam ser colocados em risco com a liberdade do representado".

O soldado Hilquias já respondia a investigações por deserção, ameaça e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, segundo a decisão judicial.