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Bispo de Guarabira é agredido verbalmente por bolsonaristas após missa, diz jornal

Apesar das agressões, Dom Aldemiro optou por não formalizar queixa sobre o caso

24/10/2022 às 11h56 Atualizada em 24/10/2022 às 12h00
Por: Redação
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Bispo de Guarabira é xingado por bolsonaristas após Missa (foto: CNBB)
Bispo de Guarabira é xingado por bolsonaristas após Missa (foto: CNBB)

Por Tribuna10
Redação 23/10/22  às 11:47

O bispo Dom Aldemiro Sena dos Santos foi agredido verbalmente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, após a ‘Missa do Bispo’, na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Luz, em Guarabira, na manhã deste domingo (23). Sem fazer menção direta a Lula, ele destacou alguns feitos do governo petista e orientou os fiéis a votar em quem ajuda os pobres. As informações são do jornal da Paraíba.

A fala desagradou bolsonaristas presentes à missa. Segundo informações obtidas pelo Conversa Política, o pai, a mãe e a irmã do presidente da Câmara Municipal, Wilsinho, foram um dos que foram à sacristia questionar e hostilizar o pároco por não gostarem da carta que o bispo leu durante a celebração eucarística. A situação foi presenciada por várias pessoas.

A Diocese de Guarabira emitiu nota de repúdio contra os ataques ao bispo e afirmam que quaisquer tentativas de silenciar a pregação do Evangelho configura-se como uma violação à liberdade religiosa, direito assegurado constitucionalmente.

Repudia-se não apenas o ataque fascista à pregação do Evangelho ocorrido na casa de Nossa Senhora da Luz, mas a toda e a qualquer forma de violência, de violação à liberdade religiosa, de perseguição e intolerância”, diz a nota. (confira a íntegra ao final da matéria)
Apesar das agressões, Dom Aldemiro optou por não formalizar queixa sobre o caso.

Ao Conversa Política, o presidente da Câmara negou que membros da sua família tenham agredido o bispo e afirmou que vai tomar providências porque estão manchando a sua imagem ao associá-lo com os atos. Disse que vai solicitar o áudio da missa e pedir uma retratação da Diocese afirmando que ele não participou da manifestação.

Wilsinho também fez críticas ao posicionamento do pároco, ao usar o espaço da missa para fazer o que chamou de “comício político”. “Eu não estava lá, mas diversas pessoas se retiraram da missa por não concordar que era o local não era adequado para aquilo”, comentou.