TRIBUNA10 com PB Agora
Em 14 de outubro de 2022 11:18
Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu avançar nas negociações por apoios e ficou sem um palanque para chamar de seu nas disputas do segundo turno aos governos do Nordeste, região em que teve o pior desempenho eleitoral na votação do último domingo (2).
Apenas nomes que perderam no primeiro turno anunciaram até agora voto e apoio ao presidente. Na região, cinco estados terão segundo turno em 30 de outubro: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe.
Em todos eles, os mais votados no primeiro turno são nomes que já apoiavam o ex-presidente Lula, o que torna mais difícil a missão de virar o jogo para os desafiantes. Mesmo diante da polarização, candidatos da região mais ligados ideologicamente ou filiados a partidos de direita decidiram não arriscar abrir palanque ao adversário de Lula e nem sequer vão declarar voto para Bolsonaro.
Na Paraíba, segundo a matéria do portal UO, Pedro Cunha Lima, que chegou ao segundo turno contra o governador João Azevedo (PSB). Apesar de não ter tido o apoio de Lula (que na Paraíba estava com Veneziano Vital do Rêgo, do MDB), João pediu votos para o petista e recebeu apoio formal de Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Lula. Cunha Lima é o candidato no segundo turno nordestino que tem a maior ligação histórica com Bolsonaro.
Já havia subido no palanque com ele na inauguração do eixo norte da transposição do rio São Francisco. Mas parece seguir firme com o propósito de ficar neutro. Na quarta-feira, porém, ele publicou um vídeo com uma entrevista sua em que fala que “desalinhamento político algum pode prejudicar o nosso estado”. “A gente vai governar em parceria, independente do presidente que o povo brasileiro eleja.’
“O eleitorado conservador reagiu ao ver que seriam dois lulistas no segundo turno e saiu de Nilvan [PL] para apostar em Pedro. Mas agora ele bateu no teto entre esse público e vai ter que buscar o centro. Só que Bolsonaro joga sua candidatura para longe desse público”, diz o cientista político José Henrique Artigas, da UFPB (Universidade Federal da Paraíba).
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